Servidores do PS formam comissão descolada do Sismar

21/09/2010 10:45

"VEREADOR BOI ESCOLHIDO PARA REPRESENTAR COMISSÃO JUNTO AO PREFEITO"

Funcionários se unem em associação e faz reivindicações ao prefeito Marcelo Barbieri

Os 147 funcionários do Pronto-Socorro (PS) do Melhado, em Araraquara, formaram uma comissão independente do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar) para tratar de assuntos específicos da unidade. Na primeira reunião com o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB), realizada anteontem, a comissão levou três reivindicações ao Executivo.

"Nós pedimos que o médico Altamiro Mendonça seja mantido no cargo de gerente do PS do Melhado, um estudo sobre a possibilidade de pagamento de adicional de risco nos nossos salários e a instalação da Unidade de Pronto Atendimento [UPA] 2 em área central da cidade e não onde funciona hoje o PS", declarou Alessandro Prado, presidente da Comissão de Funcionários do PS Melhado.

Os funcionários se mobilizaram entre os dias 24 e 30 de julho para eleger a diretoria e demais membros da comissão, que agora vai levar todos os assuntos específicos da unidade diretamente ao prefeito Marcelo, sem intermediação do sindicato. "O Sismar engloba todas as categorias e nós trabalhamos no dia a dia da unidade, por isso sabemos o que precisamos para melhorar nossas condições de trabalho e o atendimento aos clientes. O sindicato deve seguir com discussões salariais e outros assuntos burocráticos", acrescentou Alessandro.

Os funcionários do PS escolheram o vereador Aluísio Braz, o Boi (PMDB), como representante do Legislativo na comissão e encaminharam ofício comunicando a formação do grupo também a Delorges Mano, secretário municipal da Administração. "Fico muito feliz por ter sido escolhido para intermediar as discussões. O prefeito recebeu muito bem a comissão e a legitimou como representante dos funcionários do PS", comentou Boi.

Pedidos

Sobre o pedido de manutenção do gerente do PS, Alessandro disse que os funcionários estão acostumados com Mendonça, que se relaciona bem com todos os servidores e se mostrou útil para que a unidade opere de maneira satisfatória. "Já o adicional de risco é necessário porque trabalhamos com material inflamável, que traz risco de [incêndio e] contaminação. Além disso, temos contato com presos que vão se tratar na unidade e podem oferecer perigo", explicou.

Com relação à UPA 2, ele disse que os funcionários pretendem se transferir para a nova unidade e pedem que ela seja construída em outra área e não no prédio do PS Melhado, mediante adaptação física, como defende a vereadora Márcia Lia (PT). Atualmente, a Prefeitura planeja implantar a unidade em local próximo aos pavilhões da Facira (Centro de Eventos de Araraquara e Região - Cear).

Para Alessandro, o prédio no Melhado onde funciona hoje o PS não tem estrutura adequada para receber a UPA, porque os serviços laboratoriais e os atendimentos de urgência e emergência estão concentrados no mesmo espaço e até mesmo a estrutura de salas e corredores é mal planejada. "A unidade fica em local de difícil acesso para a população e perto de um rio, o que ocasiona o aparecimento de muitos insetos à noite. Além disso, a fábrica que fica perto da unidade produz muito pó, prejudicando os pacientes", concluiu Alessandro, que é agente de saúde e trabalha como técnico em enfermagem no PS.

A UPA 1, já em construção na Vila Xavier, recebeu R$ 1,3 milhão do Governo Federal para implantação, e a UPA 2, que deve ser construída no Cear, vai custar R$ 2,4 milhões, recurso também repassado pela União. Enquanto a UPA 1 receberia R$ 100 mil mensais para custeio, a UPA 2 vai receber R$ 175 mensais do Ministério da Saúde.

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