Com o resultado obtido na edição 2010 do estudo, a cidade caiu da primeira para terceira posição no ranking nacional, mas manteve-se no grupo das dez cidades consideradas ‘top’ do País. A redução foi causada por variações negativas na geração de emprego em 2008, quando a economia local sentia o reflexo da crise nos Estados Unidos.
A mudança de posição no ranking, segundo o Firjan, está mais relacionada ao fato de os outros municípios terem uma melhora maior de seus indicadores. É o caso de Barueri, que figura neste ano em primeiro lugar após ocupar o quinto na edição anterior. Ou ainda de Ribeirão Preto alçada da vigésima posição para a quinta no ranking atual. A segunda colocada foi Paulínia.
Evolução
A diferença da Araraquara de 2007 e 2009 está justamente em seus indicadores. No período, a cidade quase dobrou o atendimento na rede básica de saúde com a ampliação de programas como a Saúde da Família — hoje, cerca de 50 mil pessoas são atendidas. Também investiu mais em educação. Neste ano, as escolas municipais adotaram o método Sesi de Ensino. "Atingimos uma aplicação de 31% do orçamento em Educação. Precisamos melhorar o atendimento em saúde e a geração de emprego", destaca o prefeito Marcelo Barbieri, ao comentar o resultado da pesquisa.
Mesmo estando no topo, a cidade tem muitas metas a atingir, segundo Guilherme Merces, gerente de estudos econômicos da Firjan. "Não significa que a cidade não tem problemas. Quer dizer que os problemas que ela tem de resolver são mais complexos. O desafio, agora, é manter-se nesse patamar que os outros municípios só atingirão em 2037", explana.
Na região
O desempenho das cidades da região de Araraquara segundo o Índice Firjan estão na Página A3.
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Foi o Índice Firjan atingido por Araraquara em 2010, com base nos indicadores de saúde, emprego e renda e educação de 2009
Modernização e integração ajudaram na educação
As professoras Alessandra Aparecida Gibello e Bia Cesar, da Escola Professora Altamira Amorim Mantese, no Selmi Dei, Região Nordeste, que teve a maior nota do Índice da Educação Básica (Ideb) deste ano, acreditam que a melhora no desempenho da educação no Índice Firjam deve-se à integração família/escola e na realização de aulas práticas. "Trabalhamos em equipe, usamos computadores e lousa digital para estimular os alunos, temos projetos de leitura, realizamos pesquisas na biblioteca e saraus. Tudo para tirar a criança da teoria", diz Alessandra.
Para Bia, a integração família/escola permite conhecer os alunos e suas necessidades. "Tentamos passar segurança aos alunos para que eles tenham mais segurança na hora de aprender."
A avaliação também é positiva por parte dos alunos. "A escola é muito boa. Até os 6 anos, eu estudava em São Paulo, mas hoje gosto muito mais daqui do que de lá. Os professores são mais atenciosos", afirma Taunai Miriã Viana de Souza, 10. Guilherme Kauan da Silva Teixeira, 13, gosta do incentivo que recebe na escola. "As professoras ensinam não só a matéria, mas incentivam a ler, a pesquisar e a escrever bastante", diz o aluno.
Fonte: Araraquara.com